Pesquisa e Transferência para a Inovação Tecnológica do Sudoeste do Paraná.

Projeto Café

31-12-2010

Na década de 60, o Paraná tinha uma área de 1,8 milhões de hectares, o maior maciço cafeeiro do mundo. Conta hoje com 90 mil hectares cultivados por cerca de 12.000 cafeicultores, sendo 93% de agricultores familiares. Tem, portanto, tradição e estrutura na atividade, destacando-se atualmente por sua produtividade e qualidade, no entanto, sua produção não atende a demanda interna.
A ação do Projeto Café consolida as propostas de diversificação agrícola,sendo o café, uma atividade que se encaixa como alternativa viável principalmente para pequenas propriedades. O Projeto tem como linhas de ação, a elevação da produtividade, a melhoria constante da qualidade, a melhoria no processo de comercialização e a organização.
A base produtiva é o café da espécie arábica, cultivado de forma adensada que, mesmo apresentando produtividades superiores a muitas regiões do país necessita de avanços, pois ainda encontra-se abaixo do ponto de equilíbrio.
O Projeto tem como meta a produtividade de 40 sacas beneficiadas por hectare produzido com a adoção das boas práticas agrícolas, mecanização da colheita e organização do cafeicultor para aquisição de insumos e comercialização da produção. Estabelece ainda a qualificação do produto como tipo 6 (COB – Classificação Oficial Brasileira) e bebida dura e melhor, contando para isto com 10 centros de classificação física e degustação de café, constituindo-se estes como uma ferramenta importante na melhoria das oportunidades de comercialização.
O Instituto EMATER conta com uma equipe de 44 técnicos trabalhando no Projeto Café, sendo que boa parte possui especialização na área; assessora diretamente 11 associações de cafeicultores e tem mantido articulação direta com vários parceiros.
1. Contextualização
A área total de café no estado do Paraná é de 89.025 há, sendo 2,6% menor que os 91.410 ha registrados no fechamento da safra 2011. A redução de 2.385 ha se deve a erradicação das áreas de lavouras velhas sem potencial de recuperação ocorrida após a última colheita. Por outro lado a intenção de novos plantios em mais de 4.000 ha até final de 2012, somados os de ampliação e de renovação, são suficientes para compensar a área erradicada.
A cafeicultura do Paraná, passa por um novo período de modernização que não depende exclusivamente de plantios adensados, recomendados especialmente aos pequenos cafeicultores. Técnicas agronômicas como manejo dos solos e de podas, deverão resultar em ganhos significativos de produtividade como se tem observado em muitas áreas de referência nas regiões cafeeiras do Estado.
São 10 regiões do Estado do Paraná que tem no café uma importante alternativa no processo de diversificação, e possuem condições edafo-climáticas adequadas para produção de café, tanto ao nível de produtividade como de qualidade. Nessas regiões são 205 municípios que cultivam o café, compreendendo as macro regiões do Arenito, Macro Maringá / Campo Mourão, Ivaí, Oeste, Paraná Centro, Norte e Norte Pioneiro, com Valor Bruto de Produção suprior ae 300 milhões de reais, sendo que 74,44% desse total refere-se as macros norte e norte pioneiro, sendo 44,68% do Norte Pioneiro e em segundo lugar o Norte com 29,76% do total do VBP estadual dessa atividade. Nas demais, somente a macro Maringa / Campo Mourão supera a casa dos 10% com 11,76%
Há alguns gargalos impeditivos e dificultadores, como a produtividade média bem abaixo do potencial produtivo e 26,67% abaixo do ponto de equilíbrio, a mão de obra cada vez mais rara e cara e com dificuldades de substituição por máquinas, principalmente na operação de colheita, as lavouras não estão preparadas para mecanização, a deficiente organização da produção e dos produtores.
Os aumentos das áreas de plantios novos, maior utilização da mecanização, aliada a mudança de atitude do cafeicultor quanto as inovações tecnológicas, exigências do mercado e gestão da atividade são fatores extremamente importantes e necessários para o avanço e modernização da cafeicultura de forma sustentável.
2. Objetivo do Projeto
2.1. Geral:
Contribuir para consolidação da cafeicultura paranaense em bases sustentáveis econômica, social e ambientalmente, através de: Produtividade, qualidade, comercialização e organização
2.2. Específicos:

 
  • Aumentar a produtividade, passando da atual média de 22 para 40 sacas beneficiadas por hectare, visando assim proporcionar renda e oprtunidade de negócio, pela superação do ponto de equilíbrio de 30 sacas beneficiadas por hectare.
  • Adequar as lavouras com potencial de recuperação, preparando-as para mecanização
  • Difundir as técnicas desenvolvidas pela pesquisa agronômica que contemplem a mecanização cafeeira, com validação tecnológica em unidades referenciais, contando com a participação de grupos de cafeicultores colaboradores e parceiros da cadeia produtiva na irradiação do conhecimento
  • Orientar e capacitar os produtores para produção de café de qualidade
  • Organizar produção e produtor para acesso a mercados diferenciados
  • Superar a cara e rara mão de obra nas diversas fases de produção do café, em especial no processo de colheita, incentivando a mecanização agrícola individual ou coletiva, como facilitadora no processo produtivo e qualificativo do produto pela colheita

3. Ações Prioritárias do Projeto:
As ações prioritárias do projeto consolida as propostas de diversificação agrícola, incremento nas economias locais, inclusão social e liberação de áreas da pequena propriedade rural do agricultor familiar para outras atividades produtivas, proporcionando mais ocupação e renda no campo. É um trabalho extensionista continuado da Emater para fortalecer a participação da família rural no desenvolvimento rural sustentável com interface com áreas de meio ambiente, mercado, agroindústria, organização, que em conjunto com demais entidades da cadeia produtiva como Iapar, Fetaep, Faep, Senar, Sebrae, cooperativas, associações e empresas de máquinas e insumos, busca aumentar a competitividade do café paranaense nos mercados comprador e consumidor, graças aos avanços de qualidade.
A ação da Emater, está subsidiando o produtor familiar em aumentar a competitividade no mercado de cafés, graças aos avanços de qualidade, e ganhos na comercialização que começa a identificar as diferenças do produto, graças a parceria com Sebrae e integrantes da Cadeia Produtiva do Café
4. Abrangência do Projeto:
O projeto Café abrange 10 regiões cafeeiras, onde 3.900 cafeicultores familiares são atendidos, que corresponde a 33% do total de produtores existentes no Estado. Assessora 11 associações e mantém articulação direta com a Associação dos Cafeicultores do Norte Pioneiro do Paraná, que em conjunto com o Sebrae está fundamentando a participação no canal de comercialização, o mercado justo Fair Trade. Atua também na organização dos Territórios de Cidadania e Coordena a 10ª edição do Concurso Café Qualidade Paraná.
Para contribuir na busca da qualidade do café, mantém atendimento e assessoramento aos cafeicultores nos 10 Centros de Classificaão Física e degustação de Café existentes no Paraná, dos quais 9 são gerenciados pela Emater, constituindo-se em uma ferramenta importante na melhoria das oportunidades de comercialização.


5. Melhoria esperada

  • As Regiões de Santo Antônio da Platina e Cornélio Procópio, buscam a organização do atendimento aos núcleos da Cocenpp em 15 municípios.
  • São Quinze grupos de cafeicultores sendo trabalhado na área de organização e técnica, visando atingir até 2014 um total de 28 grupos de produtores.
  • A venda de 960 sacas de café no Comércio Justo, obteve uma agregação de valor em média de R$100,00 por saca de café beneficiada aos 14 cafeicultores que participaram desta comercialização. Previsão de mais 3.200 sacas até Dezembro de 2012.
  • Esta trabalhando a adequação ambiental nas 76 propriedades certificadas.
  • São 1470 produtores atendidos nessas regiões pela Emater buscando subsidiar o cafeicultor familiar em aumentar a competitividade no mercado de cafés, graças aos avanços de qualidade, e ganhos na comercialização que começa a identificar as diferenças do produto, graças a parceria com Sebrae e integrantes da cadeia produtiva do café.
  • Implantação do projeto de café da COANOP em São Jerônimo da Serra, atendendo os assentamentos de 5 municípios, com recursos do BNDES, tendo a Emater como interveniente e coordenadora de ATER. Até o momento foram atendidos 150 assentados, que implantaram a lavoura, e Unidade de Processamento de Café, alem da sede da Coanop em construção.
  • Cafeicultores de Pitangueiras, garantem melhor comercialização da produção através da Associação – ACAPi – em mais uma safra.
  • Trabalho integrado da Prefeitura de Pitangueiras e Emater, apóiam cafeicultores das Vilas Rurais, com repasse de calcário e Cama de Frango, visando estruturação do solo para melhoria da produtividade.
  • Cafeicultores da Vila Rural da Paz, em São Martinho – Rolândia, são treinados na seleção, torra, embalagem de café produzidos por eles mesmos, para venda no distrito e agregar valor, podendo até se encaminhar para o processamento e venda direta ado consumidor
  • Trabalho de café no município de Corumbataí do Sul, região de Campo Mourão, está de acordo com exigência de mercado justo, onde a Coaprocor é certificada. Uma das exigências e parte da conservação do solo e manejo da cultura, mesmo as questões ambientais. Trabalha-se com educação ambiental nas escolas onde 50% dos alunos são de área rural.
  • Prefeitura, Copacol e Emater, desenvolvem trabalho integrado em Jesuítas, região de Toledo, com organização de atendimento aos cafeicultores buscando produtividade e qualidade para viabilizar a atividade como alternativa de diversificação para cafeicultores familiares.
  • A ação do projeto consolida as propostas de diversificação agrícola, incremento nas economias locais, inclusão social e liberação de áreas da pequena propriedade rural do agricultor familiar para outras atividades produtivas, proporcionando mais ocupação e renda no campo. É um trabalho extensionista continuado da Emater, para fortalecer a participação da família rural no desenvolvimento rural sustentável, que em conjunto com demais entidades da cadeia produtiva, busca aumentar a competitividade do café paranaense nos mercados comprador e consumidor, graças ao avanço da qualidade.

6. Parcerias Estratégicas:

  • Cocenpp,
  • Senar,
  • Sebrae,
  • Iapar,
  • Câmara Setorial do Café,
  • Faep,
  • Fetaep,
  • Prefeituras,
  • Seab,
  • Cooperativas,
  • Ocepar,
  • Empresas de Insumos e Máquinas,
  • Torrefadoras